segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Daniel e a Cova dos Temores

Estamos iniciando mais um ano e tomando fôlego para as grandes realizações que o Senhor tem traçado para o mesmo. Fazer a diferença na nossa geração não é algo fácil, ainda mais se olharmos para a nossa capacidade. A ansiedade pode vir à nossa mente e com ela, nossas fraquezas ficam expostas e nossos medos escancarados. “O que Deus pode esperar de mim?” talvez seja o pergunta que permeie muitas mentes. Analisemos uma pequena parte da história do profeta Daniel e vejamos como o mesmo reagiu diante de grandes desafios.

O livro de Daniel nos conta a história do hebreu famoso por ter saído ileso, pela intervenção do Senhor, de uma cova de leões. Todavia, este não foi o único fato que marcou a vida do profeta. Em 605 a. C ele, juntamente com seus amigos hebreus também tementes a Deus, foi levado preso pelo império babilônico, comandado pelo rei Nabucodonosor. Como Daniel e seus amigos pertenciam à nobreza, tinham uma boa aparência física e eram bastante inteligentes, receberam um treinamento e passaram a servir ao rei. Tiveram seus nomes mudados para designações que exaltavam deuses pagãos. Rejeitaram os manjares mandados pelo rei, por serem sacrificados a outros deuses (a lei do Senhor não permitia essa conduta), se alimentando apenas com água e vegetais. Diante de tanta fidelidade, Deus concedeu aos jovens sabedoria e inteligência destacáveis em todo o reino. Para Daniel, deu a capacidade de interpretar sonhos.

No capítulo 2 do livro vemos que Nabucodonosor teve um sonho intrigante e pediu que seus astrólogos o dissessem qual tinha sido o mesmo e o interpretassem. Recebendo uma resposta negativa dos mesmos diante de um pedido tão absurdo, decretou a execução de todos os sábios da Babilônia, o que incluía Daniel e seus amigos. De uma hora para outra, todos eles estavam condenados à morte!

Diante de situação tão difícil muitas poderiam ser as reações. Alguns poderiam se desesperar e clamar misericórdia aos superiores. Outros poderiam tentar fugir do império babilônico. Ainda outros poderiam se conformar com a situação e apenas esperar a sentença. Daniel não agiu de nenhuma dessas formas. 

Daniel tomou uma atitude (v. 16). Sabendo do que estava para acontecer, o jovem assumiu a responsabilidade de interpretar o sonho do rei. Imagine quantas vidas estavam agora em suas mãos! Muitos poderiam chamar a atitude de Daniel de loucura, mas na verdade a sua reação estava baseada na confiança em Deus. O jovem não assumiu tão grande empreitada por ser precipitado, mas porque sabia que, pelo Senhor, poderia interpretar o sonho do rei. Percebamos, todavia, que ele nem mesmo sabia qual havia sido este! Se dependessem da capacidade do próprio jovem, todos os sábios do reino estariam mortos. Entretanto, se o Senhor capacitasse a Daniel, o fim da história não seria trágico. Também hoje é necessário que pessoas saiam da posição de medo e assumam grandes responsabilidades na obra do Senhor. É ele quem nos capacita! (“... mas a nossa capacidade vem de Deus”- II Coríntios 3:5 b) 

Daniel pediu intercessão (v. 17-18). Voltando para casa, o profeta contou aos seus amigos o que estava acontecendo e pediu que rogassem a Deus para que o mistério fosse revelado. Daniel conhecia o poder da intercessão e não guardou seus problemas para si. Pela oração, temos a convicção de que o Senhor está dirigindo o que fazemos e que operará maravilhas em nosso meio. Pela oração, desarmamos a ansiedade.

Daniel utilizou seu dom (v. 19). Ciente de que poderia ser um instrumento nas mãos do Senhor, ele simplesmente se dispôs. O que te impede de ser usado por Deus?

Daniel atribuiu toda glória ao Senhor (v. 19-23,27-28,46-47). O mistério foi revelado ao jovem por Deus! Ninguém precisaria mais morrer e isto era motivo de glorificá-Lo! Daniel em nada se ensoberbeceu, mas atribuiu a Deus a sabedoria e o poder (v. 20). Diante de Nabucodonosor, o profeta disse que “existe um Deus nos céus que revela mistérios” (v. 28). Depois de relatados o sonho e sua interpretação (conheça-o lendo Daniel 2:31-45) o rei entendeu que o Deus de Daniel “é o Deus dos deuses, o Senhor dos reis” (v. 47). A atitude de Daniel não somente livrou muitas vidas da morte, mas também fez com que o nome do Senhor fosse glorificado.

Assim como Daniel, devemos nos mostrar dispostos a cumprir aquilo que o Senhor nos determinou a fazer, mesmo que isso signifique que tenhamos de enfrentas grandes situações. Se somos fracos, que bom que o somos (!), pois o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza (II Coríntios 12:9)! Não podemos ficar parados diante de um mundo que jaz no maligno ( I João 5:19), mas devemos transformá-lo pela renovação da nossa mente ( Romanos 12:1-2). 

Em 2011, o Senhor espera servos dispostos a cumprir os Seus propósitos. Enfrentemos nossos temores e nos preparemos para as grandes batalhas que nos esperam. E para as grandes vitórias.


Um ano de muitas batalhas para todos.
Júlio César

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