segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A síndrome do comportamento único

Texto adaptado. Originalmente escrito por Tim Challies

Percebi que por curtas espaços de tempo posso convencer a mim mesmo que estou sendo fiel a Deus se eu defino fidelidade em termos de apenas um comportamento. Todos nós queremos ser vistos como bons, fiéis e retos, ainda que não podemos negar que somos ruins, infiéis e injustos. Não somos quem ou o que queremos ser.
Nossa falta de fidelidades nos coloca em uma situação na qual ou clamamos ao Único que pode nos perdoar e redimir, ou nós definimos a fidelidade de acordo com um padrão próprio, que é fácil de executar. Escolhemos um determinado comportamento no qual somos bons, ou talvez um comportamento que é uma fonte maior de culpa quando falhamos em cumpri-lo, e então nós definimos fidelidade a Deus dessa forma estreita. Então, à medida em que executamos esse tal comportamento, nos convencemos que permanecemos na graça de Deus, que Deus está se agradando de nós.
Qual é esse comportamento em sua vida? Qual é esse comportamento, ou obra, que se você mantém você se convence de que Deus te ama? E qual é esse comportamento ou obra, que se você não fizer, você se sente como cortado da presença de Deus? Você pode descobrir qual é esse comportamento que evidencia a sua justiça própria porque a sua vida inteira pode ser um lixo, mas você se sente bem com relação a você mesmo porque uma coluna ainda está no lugar. Mesmo que sua vida esteja um caos, você olha para a vida dos outros nas quais está faltando determinada obra ou comportamento, e você se sente bem com você mesmo.
A justiça própria é uma espada de dois gumes. Se eu reduzi a santidade a um único comportamento, então estou me sustentando com uma perna. Um deslize e já era. Se a retidão é baseada em um único comportamento, também é destruída por um único comportamento.

Nate Larkins, autor do livro Samson and the pirate monks (Sansão e os monges piratas) chegou a esse entendimento e afirma: “Deus, em sua graça, usou o pecado sexual e o vício para acabar com minha visão moralista da fé Cristã e me forçar a aceitar o Evangelho.  Eu não sou um homem fiel. É por isso que preciso de Um Salvador. Não consigo viver vitoriosamente por mim mesmo. É por isso que preciso de um ajudador e de irmãos. Eu não consigo manter minhas promessas feitas a Deus (o próprio fato de fazer promessas é enganoso), mas Deus irá cumprir as promessas feitas a mim."
Deus não nos mede por um único comportamento ou obra, mas pela conformidade completa à sua lei perfeita. Esta verdade irá te desesperar ou te levar para Cristo, o Único que viveu uma vida completamente reta, e que oferece sua retidão aos que não tem nenhum por si mesmos.


Tim Challies é pastor na igreja Grace Fellowship em Toronto, Ontário, Canadá. Challies também escreve resenhas sobre diversos livros Cristãos, além de ser autor de três livros. Challies escreve diariemente em seu blog (http://www.challies.com/). Ele é co-fundador da Cruciform Press. É casado com Allien, e pai de três filhos.

Tradução: Carolyne Silva, aluna do 7º período do curso de Letras Língua Inglesa – UFCG.

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