domingo, 5 de fevereiro de 2012

Aprendendo com o Mestre a acreditar nas pessoas - Daniely Silva Duarte

Ao ler os evangelhos nada me fascinou mais do que observar o fato de que Jesus acreditava no potencial das pessoas. Ele conseguia enxergar além. Ele não apontava o pecado para diminuí-las, mas confrontava-o com Seu amor, promovendo a verdadeira cura interior que elas tanto necessitavam.

Ele não constrangia ninguém por ser Santo, muito menos se afastava dos pecadores. Muito pelo contrário, Ele ia ao encontro deles. Enquanto a multidão ia até Jesus por causa dos milagres, Ele ia dar atenção a uma única pessoa, demonstrando a elas o quanto ele as amava por deixar muitos, só por acreditar no poder restaurador que emanava de dentro de si, sendo capaz de transformar mentes, corações e atitudes para a glória de Deus.
 
Por exemplo, no livro de João vemos alguns exemplos que deixam claro que o Nosso Mestre não fazia acepção de pessoas. Ele tratou intimamente com um fariseu (Nicodemos no capítulo 3), confrontando sua maneira de pensar. Com uma mulher samaritana (capítulo 4), ele a surpreendeu mostrando Seu amor por falar com ela sendo ela mulher, samaritana e ainda descriminada pela sociedade por suas atitudes; e ainda,  confrontou a maneira dela sentir, foi direto na fonte do seu problema, que era a sua carência que nunca era saciada, oferecendo a solução; transformando,assim, uma pessoa complexada - que tinha medo das pessoas, pois ia tirar água do poço ao meio dia para não encontrar-se com ninguém -, numa evangelista que saiu anunciando o nome de Jesus. O Filho de Deus foi até um paralítico em Betesda (capítulo 5) que esperava a atitude de compaixão de alguém, mostrando seu amor agindo de forma diferente da esperada; conseguiu o enxergar quando ninguém parecia se importar. Mesmo não tendo nenhum pecado, o Cristo salvou a vida de uma mulher adúltera de seus acusadores, confrontando os pecados destes. Ao ver um cego de nascença (Capítulo 9), não o julgou como os discípulos, achando que isso seria fruto de pecado, mas entendeu que era propósito do Pai revelar a glória de Deus através daquela situação e daquela vida, fazendo deste homem um instrumento de testemunho vivo do poder e amor de Deus.

Também teríamos outros exemplos em outros evangelhos. O que falar de Zaqueu (Lucas 19), por exemplo?  Um homem considerado corrupto, injusto, ladrão. Mesmo assim, Jesus não rejeitou o desejo que ele tinha de conhecê-lo e chamou-o pelo nome e foi comer com ele em sua casa, sem nenhum preconceito. Mais uma vida restaurada, pois Jesus não rejeitou e nunca irá rejeitar o perdido. Aqueles que o mundo insistiam em virar as costas, condenar, criticar, desprezar, foram os que Jesus depositou a confiança na transformação pelo poder e para a glória de Deus, após curá-los no físico, na alma, no espírito e nas atitudes.

Diante disso, questiono: Como temos olhado para as pessoas? Temos tido o mesmo olhar de Jesus? Estamos acreditando no poder restaurador do amor de Deus ou estamos condenando as pessoas como os discípulos fizeram com o cego? Estamos do lado dos que defendem e agem em favor dos desacreditados, ou dos que querem lançar pedras? Queremos levar amor e cura às pessoas ou críticas? Estamos enxergando naquilo que elas podem se tornar em Cristo, ainda que sejam pecadoras? Preferimos andar como religiosos, santarrões que são intocáveis, que não se misturam ou como Jesus, que mesmo sendo santo ia ao encontro das pessoas? Que venhamos a cada dia aprender com o Nosso Mestre!

Daniely Silva Duarte.

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