sábado, 22 de outubro de 2011

Um entendimento bíblico do evangelismo – Mark Dever (3/3)

Como Deveríamos Evangelizar?
Se a conversão é entendida como meramente um compromisso sincero feito uma vez, então precisamos levar todo mundo ao ponto de confissão verbal da forma como pudermos. Biblicamente, contudo, embora devamos cuidar, implorar, persuadir, nosso primeiro dever é ser fiel à obrigação que temos de Deus, que é apresentar as mesmas boas novas que ele nos deu. Deus trará conversões ao apresentarmos essas boas novas.

À medida que apresentamos o evangelho em toda sua claridade, precisamos também chamar as pessoas ao arrependimento dos seus pecados e crença na morte e ressurreição de Cristo, como a penalidade substituta para nossos pecados. Precisamos comunicar três facetas importantes do arrependimento e da fé.
  • É custoso. Você se lembra do que Jesus disse ao jovem rico? Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me (Mt. 19:21). Não é que devemos dizer aos nossos amigos incrédulos para vender todas as suas possessões a fim de se tornarem cristãos. Mas precisamos apresentar honestamente a demanda de Deus para que abandonemos tudo em que confiamos ou escolhemos acima de Deus.
  • É urgente. Uma maneira útil de comunicar a urgência é desencorajar amigavelmente nossos amigos de esperar uma melhor oportunidade para sedecidir. Não há melhor oportunidade, visto que não existe outra forma de escapar da penalidade, poder e presença do pecado (João 14:6; Atos 4:12; Rm.10; Hb. 4:7).
  • Vale a pena. Após uma apresentação honesta e sóbria do custo e urgência do arrependimento e fé, estamos livres para comunicar seu valor e fruto. Obtemos o perdão dos nossos pecados, e Deus credita a inocência de Cristo em nossa conta.Ganhamos um relacionamento com o próprio Deus, somos amados por Jesus como irmãos e irmãs, somos cheios com o seu Espírito e recebemos toda benção espiritual em Cristo (Ef. 1).
  • Use a Bíblia quando você compartilhar o evangelho. Quando falhamos em usar a Bíblia, estamos implícita ou explicitamente revelando uma falta de fé no poder convertedor da Palavra de Deus. Nosso poder está em nossa mensagem (Rm. 1:16; 1Co. 1:18; 2:1-5; 1Pe. 1:23; cf. Is. 55:10-11).
  • Perceba que as vidas dos cristãos e da igreja como um todo é uma parte central do evangelismo. Devemos procurar formas de usar nosso amor e santidade para atrair outros a Cristo. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus (Mt. 5:16). Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros (João 13:35).
  • Lembre-se de orar. A oração expressa nossa dependência de Deus, e nos lembra que somente ele tem o poder para convencer, converter e transformar o mais ímpio de nós.
  • Lembre-se da soberania de Deus. Deveríamos de fato tentar persuadir os homens como Paulo fazia, mas ao fazê-lo devemos reconhecer que somente Deus convence e dá crescimento às pessoas, e suas misericórdias convertedoras são de fato suas, para conceder quando quiser, e para quem quiser.
Se não cremos na soberania da graça de Deus, então provavelmente contaremos às pessoas histórias de uma forma que as faça chorar, se emocionar e fazer uma decisão sincera, mas não serão confrontadas pela realidade dos seus pecados, por sua necessidade de se arrepender e de receber o dom do Espírito Santo.

Tal método não lhes dará nova vida, todavia, eles serão batizados e se tornarão membros da igreja. Com tal método, estaremos prejudicando o testemunho da igreja na comunidade, ao receber falsos conversos como membros de fato.
Parte (1), (2)
Mark Dever Fonte: Ame Cristo

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