sábado, 7 de maio de 2011

Aprendendo a suficiência...


"Deus não é apenas fiel, Ele é a própria fidelidade". Temos grande dificuldade em entender isso. Muitas vezes queremos atribuir a Deus falhas humanas, provenientes do nosso estado pecador, esquecendo que Deus nunca conheceu o pecado. Não confiamos, não descansamos, não entendemos...e o pior de tudo isso é que não reconhecemos que o problema está em nós.
Deus não erra, Deus não mente, Deus não age por impulso ou tardiamente.
Ele está a frente das nossas vidas e espera que confiemos nisso com toda convicção dos nossos corações. Mas é fato que não o fazemos, ou sofremos até aprender. Creio que é isso que tem acontecido comigo. Mas não lamento, traz crescimento e amadurecimento. A dor é um adubo eficaz para o desenvolvimento espiritual, as feridas feitas são tratadas pelo Pai mais amoroso. É, sem dúvidas, apesar de tudo, um grande privilégio.
Muitas vezes, por entusiasmo ou euforia, declaramos desejos a Deus e não conseguimos medir quão sérias são as nossas palavras diante do Senhor. Isso não é ruim, pelo contrário. O problema está quando isso é posto a prova e não conseguimos lidar com a situação.
Oramos: "Senhor, entrego minha vida em Tuas mãos, faz dela tua perfeita vontade", na maioria das vezes é isso mesmo que nós queremos, pois sabemos que Ele tem o melhor para nós, afinal, "Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8:28). Mas quando Deus toma nossas vidas em Suas mãos assistimos ao Seu planejar e executar de Sua vontade em nós de uma perspectiva que não esperávamos. Somos postos como espectadores, assistindo o traçar, e como uma criança no chão olhando o avesso de um bordado sendo costurado pela mãe sentada numa cadeira, só vemos emaranhados de fios e nós nos desesperamos, nos angustiamos, sofremos... Não conseguimos esperar até o trabalho ser concluído e enfim, podermos admirar o belo bordado de propósitos perfeitos e como consequência uma vida plena.
No meu caso, orei assim: "Deus seja a suficiência da minha vida" e é isso que Ele está me ensinando, em especial nesse momento, a ser a suficiência da minha alegria, que por tempos depositei em situações agradáveis e/ou em pessoas.
Tenho aprendido, como o apóstolo Paulo (num comparar bem equivocado), a independente dos problemas, ser alegre. Para Paulo, o viver era Cristo e o morrer, lucro (Fp 1:21)! Isso explica tudo! Para ele, o sofrimento nos aproxima de Deus, é o momento em que, incapacitados de caminhar sozinhos, somos carregados nos sublimes e confortáveis braços do Pai.
Só quando o nosso amor por Cristo e pela causa do evangelho for a nossa suficiência, seremos capazes de não nos determos em nós mesmos, renunciar nossas vontades e necessidades frágeis e nos dedicar àqueles que anseiam pela riqueza transformadora e o doce deleite da salvação.
Ah Senhor, que sejas minha SUFICIÊNCIA!

Gabriella Eloy
@eloygabi

2 comentários:

Luiz Augusto disse...

Um dos melhores textos escritos nesse blog.

Que possamos aprender a admirar o belo bordado de propósitos perfeitos de Deus.

Bárbara Fonseca disse...

"Não pergunteis, pois, que haveis de comer, ou que haveis de beber, e não andeis inquietos.
Porque as nações do mundo buscam todas essas coisas; mas vosso Pai sabe que precisais delas.
Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Não temais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino."
Lucas 12:29-32

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