sábado, 29 de janeiro de 2011

Uma Exortação ao Evangelismo

Estamos às portas de um novo inicio de período na faculdade. Falta-nos menos de um mês para o inicio de nossas aflições (rsrs) e oportunidade de sermos sal e luz dentro do Campus. E junto com o desafio de concluirmos mais um período letivo, temos o desafio de ganhar vidas para Cristo no ambiente que passamos a maior parte do nosso dia. Sendo assim, Deus gerou no meu coração um desejo de compartilhar alguns estudos bíblicos sobre evangelização e eu gostaria muito que esses estudos nos motiva-se a dedicarmos nosso tempo na obra daquele que é digno de todo o nosso esforço.
 
Nesse primeiro estudo eu gostaria de levantar algumas razões bíblicas que devem nos motivar à obra de evangelização. Quando analisamos o texto bíblico, percebemos que ele é repleto de exortações e razões para nos dedicarmos a essa obra. E sendo assim gostaria de levantar algumas razões bíblicas para isso.

1. Cristo deixou o seu exemplo. Quando lemos nos evangelhos a vida, ensino e obra de Cristo vemos claramente que Ele é o exemplo supremo para as missões cristãs. Ele foi quem nos deixou o maior exemplo de evangelização. No relato do evangelista Lucas vemos que mesmo com doze anos de idade ele já evangelizava entre os doutores (Lc 2.41-46) e aos trinta anos quando iniciou seu ministério, a bíblia relata que "Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo" (Mt 4.23).

Que Cristo nos deu o exemplo é claro. A grande questão é: o fato de Cristo ter nos dado o exemplo é suficiente para fazermos o mesmo? A resposta para essa pergunta encontramos em Romanos 8.29 onde o apóstolo Paulo escreveu "Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos". Quando a bíblia diz que aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, ela está afirmando que o plano eterno de Deus, desde antes da criação do mundo, é que fossemos conforme à imagem de Cristo. E isso significa sermos como ele É e seguirmos o exemplo que Ele nos deixou.

2. Deus nos chamou para essa obra. A bíblia diz "A quem enviarei, e quem há de ir por nós?" (Is 6.8). Deus está constantemente fazendo essa pergunta ao seu povo. Esperando que alguém aceite o seu convite e diga como o profeta Isaías "eis-me aqui, envia-me a mim". Assim como Ele chamou a Pedro e a André a serem pescadores de homens (Mt 4.19) e a muitos ao longo da história, Ele também nos chama. E esse é um convite que sempre está em aberto, basta aceitarmos. Que assim como foram formosos os pés de grandes homens ao longo da história, o nosso também seja! "Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!" (Is 52.7).

3. A evangelização é uma ordem. Quando Cristo estava para ser levado ao céu, Ele disse "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século." (Mt. 28.18-20). Quando pensamos no fato de que Cristo nos ordenou algo, sabemos que temos a opção de sermos obedientes ou não a essa ordem. Mas devemos lembrar que desobediência é pecado e, portanto, sermos negligentes com a obra de evangelização também é. Para termos noção da seriedade dessa ordem de Cristo é importante notarmos que Cristo antes de fazê-la reivindicou autoridade quando disse "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra". Essa sem dúvida não era uma ordem sem importância e muito menos de alguém sem autoridade para fazê-la. O próprio Cristo foi quem nos ordenou.

4. Deus nos confiou essa obra. Ele poderia ter confiado a obra da evangelização a anjos (Hb 1.14), ou a animais irracionais (Nm 22.28), ou até mesmo as pedras (Lc 19:40), mas foi a nós que Ele confiou. "Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio" (2 Co 5.18-20). A bíblia diz que ele nos deu o ministério da reconciliação. Devemos sempre ter em mente a responsabilidade que temos em mãos e a honra que temos em poder fazer parte de um ministério tão importante. Além de um ministério, Ele também nos constituiu embaixadores em nome de Cristo. E embaixador não é somente aquele que anuncia a apalavra do seu Senhor, mas também aquele que o representa. Aquele a quem todos estão atentos às suas atitudes e a quem todos esperam ouvir dele alguma palavra do Rei. Além disso, é um posto de honra.

5. Ele nos salvou com esse propósito. Creio ser essa uma verdade e o motivo mais sério de todos. Se de fato ele for verdadeiro isso nos torna ainda mais indesculpáveis diante de Deus. Para isso vamos examinar o que o apóstolo Pedro escreveu em 1 Pe 2.9-10: "Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia". Quando o apóstolo escreveu essa epístola ele escreveu para um grupo de Cristãos que haviam sido regenerados pelo Espírito Santo. E, obviamente, nós Cristão sinceros estamos inclusos nessa categoria. Mas algo nesse texto nos chama a atenção, quando ele diz "a fim de", que é o mesmo de "com o propósito de" e exprime motivo, razão ou propósito. Em outras palavras, Deus nos salvou para anunciarmos as virtudes dEle. E se não o fazemos, a nossa salvação perde o sentido. Não é a toa que um dia Deus nos resgatou do lamaçal do pecado e nos deu uma nova vida. Ele não fez isso simplesmente para nos livrar do inferno, mas para fazermos o nome dEle conhecido.


6. Essa obra nos satisfaz! Em outras palavras, não há nada mais gratificante do que realizar a obra daquele que nos chamou. Certamente quando evangelizamos não satisfazemos somente o desejo do coração de Deus, mas também o do nosso coração que grita: "Isso! É isso! Esse é o segredo do contentamento! Não há nada melhor do que fazer isso!". Não há nada de errado em nos alegrarmos quando realizamos a obra de Deus, pelo contrário, "Deus é mais glorificado em nós quando nos satisfazemos nEle" (John Piper). Foi o próprio Cristo que nos disse "Mais bem-aventurada coisa é dar que receber" (At 20:35). A alegria é muito mais intensa em  se doar! Certa vez David Livingstone se referindo ao seu ministério de mais de 15 anos no continente Africano disse: "Não fiz sacrifício algum". Sendo assim, senhoras e senhores, sejam felizes!

7. Deus é galardoador dos que o buscam! Há, sem dúvida, uma recompensa para aqueles que servem a Deus. E o que é mais interessante no texto bíblico, é que além de Deus nos dar essa recompensa, Ele nos convida a buscá-la. Hebreus 11.6 diz: "De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam". É importante nortarmos que o autor de Hebreus falou que é necessario que creiamos que Deus é galardoador dos que o buscam. Crer que Deus existe é necessário, mas além disso também é necessário pensar na recompensa eterna. Foi pensando nessa recompensa que Moisés suportou as aflições no deserto junto com o povo de Deus. "Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão" (Hb 11.24-26). Repare que a bíblia diz "porque contemplava o galardão". Jesus Cristo também nos deixou esse exemplo "o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz" (Hb 12.2).

Por fim, que possamos lembrar daquele famoso corinho que diz:

Que não passe de nós o Teu Espírito
Que tudo o que foi dito a nós
Venha se cumprir
Que não seja preciso que se levante
Outra geração que vá avante
Venha sobre nós e realize o Teu querer

Geração de adoradores queremos ser
Sacerdócio santo pra te oferecer
O perfeito louvor
E em nossas vidas
Fluir o teu querer.

(Música)
Luiz Augusto

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