terça-feira, 20 de julho de 2010

Em busca do tesouro perdido!

Nenhum ser humano é perfeito. Muito menos eu. Não me sinto capaz de fazer muitas coisas. Tenho inúmeras limitações e fraquezas. As palavras expressas por Paulo em sua carta aos Romanos 7.19, parecem que foram feitas sob medida para mim: “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que quero, esse faço”.

O que estou querendo dizer é que não sou melhor ou mais espiritual do qualquer um. Não fui promovida a juíza. Glória a Deus por isso. E o assunto sobre o qual vou escrever serve para mim também. Diversas vezes o Espírito Santo me constrange a voltar ao lugar onde caí. E é somente por Ele que as experiências na caminhada do Evangelho me fizeram enxergar essa verdade tão importante presente de várias maneiras em Sua Palavra, mas tão pouco vivida em nossos dias, e em nós mesmos.

Existe um tesouro perdido, mas que deseja muito ser encontrado. Infelizmente, estamos tão distraídos com nossos pensamentos e planos para o futuro que nem nos damos conta dele. Ah, e às vezes, os problemas parecem tão grandes que esquecemos que está bem pertinho de nós. De vez em quando, alguns o encontram, mas logo o trocam por algum brinquedinho que parece ser mais divertido. Pura ilusão... Outros o trocam facilmente por seus estudos, trabalho e até mesmo ministério ou funções eclesiásticas. Outra troca comum desse tesouro são por pessoas de carne e osso: mãe, pai, filhos, esposos (as) e até mesmo namorados (as)...

É incrível... Enquanto isso, o tesouro faz de tudo pra ver se a gente se desperta. O mais interessante é que a frustração aumenta de forma proporcional ao afastamento desse tesouro que está sempre se movendo, mostrando o seu poder e o seu amor. Mas insistimos em colocar a culpa em tudo e em todos, até mesmo nele. “Ah, porque ninguém olha pra mim?! Ah, porque ninguém me entende?! Ah, porque as coisas são tão difíceis pra mim?! Ah, porque ninguém reconhece o que eu faço?! Ah, eu sou infeliz! Ninguém se preocupa comigo!”. Eis as vozes que ecoam de nossa revolta.

E o tesouro só esperando para nos dizer: “Eu estou aqui! Você está me entristecendo! Fui eu quem te fiz! E eu te fiz para o meu louvor e para a minha glória! Eu te amo! Dei a minha vida por ti! Deixa eu cuidar de você! Deixa eu te mostrar a minha glória! Deixa eu fazer do meu jeito! Eu tenho um plano melhor que o seu! A minha vontade é melhor do que a sua! Eu vejo além dos seus olhos limitados! Eu sou o caminho, a verdade e a vida! Eu sou a porta! Eu sou a luz do mundo! Eu sou o amor! Eu sou a tua alegria! Eu sou o tamanho do vazio do seu coração! Eu sou o princípio e o fim. Eu sou o Todo Poderoso! Eu tenho as palavras de vida! Eu quero ser teu melhor amigo, e para isso paguei um alto preço: ‘Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.’ “ (João 15.13-15).

Conseguimos sentir a profundidade desse tesouro? Conseguimos sentir a grandeza de encontrá-lo? É pra nunca mais largar e trocá-lo por NADA! Nos tornarmos amigos do próprio Deus?! Meros pecadores como nós!? Percebem o quanto nós o entristecemos quando não damos o verdadeiro valor que esse ser cheio de glória, de graça e amor merece? Quando trocamos o privilégio de gozar de sua presença, de adorá-lo, de engrandecê-lo e de obedecê-lo, para ficarmos murmurando porque as coisas não acontecem do jeito que queremos.

Você já parou para pensar nisso? Que lugar Deus tem ocupado em sua vida? Qual posição Ele ocupa em seu coração? Que valor você tem dado a Ele? Será que não estamos amando mais as nossas vidas do que aquele que as criou?

Quando nossos olhos estão neste tesouro, quando zelamos por Ele mais do que tudo, estar com Ele torna-se melhor do que quaisquer coisas. Conhecê-lo é mais importante. Sua Palavra passa estar acima dos meus ideais e sentimentos egoístas. Sua graça começa a invadir a minha vida. Meus valores começam a mudar. À medida que eu vou mais e mais encontrando, valorizando e conhecendo esse tesouro, mais me torno parecida com Ele. Mais vou me satisfazendo em viver a vontade de Deus, a servir, a amar meus irmãos e aos perdidos. O Espírito Santo começa a fluir e a agir, e começamos a entender que “... Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos.” (Zc. 4.6). A vida então se torna mais leve. Passamos a entender que tudo tem mesmo um propósito e que podemos confiar em quem conhecemos. Podemos nos entregar sem reservas em Seus braços. Começamos a ter visão espiritual. O caminho da cruz passa a valer a pena. Entregamos toda glória ao Dono e não precisamos de tapinhas nas costas. Aprendemos que a multidão está sempre errada. Que devemos considerar o que Deus diz, e não as pessoas. Que somente Ele tem sempre mais para satisfazer a sequidão da nossa alma.

Por isso, vale a pena buscar esse tesouro perdido, nos fartar dele e o guardarmos dentro de nós, para revelarmos ao mundo o quão precioso ele é. “ Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2 Co 4.7).

 Daniely Silva Duarte

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